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O coletivo corpos falantes pesquisa e produz espetáculos de dança baseados no cotidiano e na vida do trabalhador. Seu mais recente espetáculo, a obra coreográfica Objeto/ abjeto ambulante trata-se de uma pesquisa histórica e corporal sobre trabalhadores e operários brasileiros da década de 1970, suas lutas diárias por melhores condições, suas rotinas intensas e abusivas e a suas relações sociais e familiares perante as dificuldades financeiras que surgiam no período autoritário que foi o regime militar brasileiro.
A escolha da temática irrompeu de uma pesquisa realizada pelo próprio coletivo e pelo diretor Carlos Veloso, sobre a participação política militante da classe trabalhadora operária durante o regime militar brasileiro e a forma como este personagem encontrou-se bastante presente nas canções populares brasileiras e outras obras de arte deste mesmo período.
Neste estudo, verificou-se que mesmo estes trabalhadores ocupando papel fundamental em manifestos e atos políticos por condições trabalhistas melhores, estes ainda eram vistos e tratados como objetos ou abjetos da sociedade, os mesmos não eram respeitados como cidadãos com direitos básicos.
Assim, após o conhecimento desta temática, sob orientação do diretor, o coletivo elaborou uma composição coreográfica de dança contemporânea que para além das lutas operárias por melhores condições, também discute a desigualdade de classe durante os anos de chumbo através do corpo. Assim como, foi possível que outra questão se estabelecesse no desenvolvimento deste mesmo projeto, permitindo que se realizasse uma discussão comparativa entre a classe trabalhadora do tempo presente, e a história destes trabalhadores do passado. O que será que mudou? O que permanece intangível? Estes foram questionamentos que nortearam o processo criativo da obra.
Portanto, a obra em si, foi desenvolvida a partir de uma profunda pesquisa corporal respaldada em pesquisas, produções literárias, músicas e pinturas, buscamos trazer para um corpo contemporâneo a repressão, a censura e as questões autoritárias sofridas ao longo da ditadura, de modo que não nos esqueçamos de suas consequências.
A escolha da temática irrompeu de uma pesquisa realizada pelo próprio coletivo e pelo diretor Carlos Veloso, sobre a participação política militante da classe trabalhadora operária durante o regime militar brasileiro e a forma como este personagem encontrou-se bastante presente nas canções populares brasileiras e outras obras de arte deste mesmo período.
Neste estudo, verificou-se que mesmo estes trabalhadores ocupando papel fundamental em manifestos e atos políticos por condições trabalhistas melhores, estes ainda eram vistos e tratados como objetos ou abjetos da sociedade, os mesmos não eram respeitados como cidadãos com direitos básicos.
Assim, após o conhecimento desta temática, sob orientação do diretor, o coletivo elaborou uma composição coreográfica de dança contemporânea que para além das lutas operárias por melhores condições, também discute a desigualdade de classe durante os anos de chumbo através do corpo. Assim como, foi possível que outra questão se estabelecesse no desenvolvimento deste mesmo projeto, permitindo que se realizasse uma discussão comparativa entre a classe trabalhadora do tempo presente, e a história destes trabalhadores do passado. O que será que mudou? O que permanece intangível? Estes foram questionamentos que nortearam o processo criativo da obra.
Portanto, a obra em si, foi desenvolvida a partir de uma profunda pesquisa corporal respaldada em pesquisas, produções literárias, músicas e pinturas, buscamos trazer para um corpo contemporâneo a repressão, a censura e as questões autoritárias sofridas ao longo da ditadura, de modo que não nos esqueçamos de suas consequências.