“I ALWAYS WANTED TO BE A GANGSTER” : a violência e suas representações no cinema de Martin Scorsese

Autor do Trabalho: 
Isadora Puríssimo Peixoto Ruiz
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Curso: 
Mídia, Informação e Cultura (MIDCULT)
Ano da Defesa: 
2022
Resumo: 
O presente artigo tem por objetivo identificar as principais mudanças nas representações da violência na obra de Martin Scorsese e, por meio dela, compreender se houve ou não uma transformação do ponto de vista do cineasta em relação ao estilo de vida gângster retratado em dois de seus grandes títulos. Desta forma, pretende-se colocar à prova a hipótese de que os objetos de estudo – que possuem quase três décadas de diferença entre seus lançamentos – funcionam como antítese um do outro. A realização desta pesquisa é dividida em duas etapas: a primeira consistindo em dois estudos de caso e a subsequente em uma análise semiótica comparativa de caráter qualitativo. Os objetos escolhidos para estudo são os longa-metragens “Os Bons Companheiros” (1990) e “O Irlandês” (2019), selecionados pelas temáticas afins - o crime organizado e o estilo de vida gângster nos Estados Unidos. Para discussão e análise das representações de violência contidas no filme, utiliza-se as proposições semióticas de Peirce, além das reflexões dos autores Nogueira, Comparato, Codato e Field sobre audiovisual aliadas às discussões de Bourdieu e Foucault para abordar conceitos tangentes à violência e ao poder.