Maria Auxiliadora: Apagamento e Resistência

Autor do Trabalho: 
Bárbara Jadeh da Silva Neves Procópio
Português, Brasil
Curso: 
Cultura, educação e relações étnico-raciais (ETNOCULT)
Ano da Defesa: 
2022
Resumo: 
O presente artigo tem como objetivo discutir as diversas formas pelas quais Maria Auxiliadora (1935-1974) foi invisibilizada. A partir dessa proposição, abordam-se seus dados biográficos, sua trajetória e o seu fazer artístico. Motivam essa investigação as seguintes questões: quais fatores ainda colocam sua arte em nichos restritos, tais como, os de “arte primitiva”, “arte naif” ou “arte popular”? Por que as obras de Maria Auxiliadora não são expostas e reconhecidas como as de outros artistas brasileiros? Na busca por respostas, tem-se como estratégia reconstruir seu percurso, jogando luzes nos seus marcadores sociais (a pobreza, a condição de ser mulher, negra e empregada doméstica). Para tanto, o estudo recorre às teses, artigos e vídeos documentários que tratam sobre a artista – material relevante são os produzidos para a mostra individual no MASP, em 2018. Pensadora, tal como, Lélia Gonzalez fornece subsídios para a discussão que envolvem o corpo negro e a condição feminina. Além disso, as obras de Maria Auxiliadora funcionam como documentos históricos. Suas telas auxiliam na reconstrução de seus temas, técnicas e nas questões que envolvem a pintora.