Autor do Trabalho:
Gizele da Silva Costa
Português, Brasil
Curso:
Cultura, educação e relações étnico-raciais (ETNOCULT)
Ano da Defesa:
2021
Resumo:
O presente artigo se propõe a uma reflexão sobre a representação do jovem
negro no mercado de entretenimento brasileiro e de que modo os
atravessamentos impostos pelo racismo estrutural limitam a inclusão e a
mobilidade nesse mercado, o que também pode ser analisado como um reflexo
do racismo atuante na estratificação social brasileira. Por meio do estudo de caso
da empresa Laboratório Fantasma, gerida por dois jovens negros, o rapper
Emicida e o empresário Evandro Fióti, discute-se como o acesso aos meios
midiáticos, através de uma representação positiva, subverte o status imposto
pelo racismo, dando continuidade aos esforços estabelecidos pelo movimento
negro, por eles seguidos, não sem alguma adaptação e sujeição aos formatos
ditados pelo mercado embranquecido. O artigo expõe, ainda, que o caso
estudado configura uma exceção à regra, no quesito da visibilidade empresarial,
pois ainda não representa um padrão de ascensão para os afroempreendedores;
no entanto, demonstra as significativas barreiras que foram rompidas com o
surgimento desta empresa e seus personagens, em uma nova instância de
visibilidade.
Palavras-chave:
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