A tentativa de popularizar a música sinfônica é um movimento em escalada que começou na Europa, nos anos 70, e migrou para a América Latina juntamente com a excelência e repertório exigidos nesse tipo de expressão cultural, formando orquestras de alto padrão, como a Osesp. A Fundação Osesp, órgão de direito privado que possui contrato de gestão para administrar a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, e sua casa, a Sala São Paulo, também não mede esforços para democratizar o acesso à música secular, entendendo seu papel fundamental na cultura da cidade – e país. Mas será que tem funcionado? Este artigo busca se debruçar sobre o tópico e levantar algumas características do assíduo, homogêneo e rigoroso público da Sala São Paulo, além de tentar entender quais as iniciativas da instituição voltadas para a pluralização da plateia.