Comunicação, cultura e resistência: um estudo de caso da Ocupação 9 de julho a partir da analítica decolonial

Autor do Trabalho: 
Myrian Luisa Cipriano
Português, Brasil
Curso: 
Mídia, Informação e Cultura (MIDCULT)
Ano da Defesa: 
2023
Resumo: 
Esse artigo estuda o Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) a fim de entender como a comunicação e a cultura nas ações vinculadas ao projeto cozinha aberta da Ocupação 9 de Julho contribuem com o processo de descriminalização do movimento ao legitimar suas práticas e ações. A analítica decolonial (MIGNOLO, 2017) (QUIJANO, 1997) contribui para legitimar novas formas de viver que tensionam o poder, como propõe o movimento em questão. ‘Neodesenvolvimentismo antiurbano’ e ‘inclusão perversa ou marginal’ auxiliam na contextualização da luta por moradias urbanas populares em São Paulo. A democracia comunicativa foi capaz de abranger novas formas de comunicação, incluindo linguagens, técnicas e contextos e na Ocupação 9 de Julho se faz presente. A pesquisa realizada junto ao MSTC baseou-se na sistematização de experiências das ações realizadas no âmbito do projeto cozinha aberta da Ocupação 9 de Julho e teve como objetivo responder se o movimento é um exercício decolonial na modernidade, como suas ações auxiliam na descriminalização do movimento e identificar quais são as lacunas e demandas no processo de comunicação do MSTC para então contribuir com o movimento.