Meio é transgressão: a performatividade de Paulo Bruscky em três atos

Paulo Bruscky, singular multiartista pernambucano, foi detido três vezes durante os anos 60 e 70 devido às suas convicções artísticas contrárias ao padrão hegemônico de opressão imposto pela censura, pelo regime militar e pelo mercado de arte. Apesar disso, Bruscky nunca parou de se expressar publicamente. Sua produção artística é assim marcada pela experimentação em várias mídias, incluindo colagem, fotocópia, vídeo e performance, questionando os limites das instituições artísticas e das forças políticas de sua época. Esta pesquisa se concentra no caráter performativo de três ações de resistência política de Paulo Bruscky. O objetivo é congregar informações sobre essas três ações, explicitar as razões que levaram às detenções e compreender a estratégia subversiva elaborada pelo artista para confrontar o regime, enfrentando controles sensoriais, territoriais e políticos.