Seja marginal, seja herói: pixação e guerrilha urbana
Mariana Luvizutti Coiado Martinez
Resumo
Este estudo analisa as estratégias da pixação na cidade de São Paulo, desde seu surgimento nas décadas de 1980 e 1990 até os dias atuais, traçando paralelos com as táticas de guerrilha urbana no Brasil, sobretudo aquelas descritas pelo ativista Carlos Marighella no Manual do Guerrilheiro Urbano. A pesquisa explora como os pixadores, majoritariamente jovens das periferias, adotam práticas de ocupação da cidade, enfrentando a repressão policial e assumindo riscos, incluindo a real possibilidade da morte. Utilizando o pensamento crítico de Raquel Rolnik, Micaela Altamirano e Arthur Freitas, o estudo investiga as conexões entre política, estética e espaço urbano na constituição da pixação como ato de resistência.