Este artigo pretende investigar a trajetória do Teatro Experimental do Negro de São Paulo (TENSP), no período localizado entre 1945 e 1966. Criado por Geraldo Campos de Oliveira e posteriormente dirigido por Dalmo Ferreira, o grupo representou a afirmação da vida e a busca pelo respeito à dramaturgia feita por negros e negras. Diante dessas questões, o objetivo desse artigo é compreender por que a história do TENSP foi silenciada, pois, manteve suas atividades por 21 anos, com apresentações teatrais, participação ativa em manifestações antirracistas e anticoloniais, movimento regularmente noticiado em jornais e revistas da época. História pouco lembrada ao longo do tempo pela crítica teatral, mesmo pela população negra e principalmente por jornais e revistas. Para isso, foi feita uma pesquisa em bancos de dados e arquivos de jornais da época, os quais identificamos 370.049 textos e analisamos 142 textos pertinentes ao tema; a partir disso as considerações perpassam por estes pontos.