O presente artigo tem como objetivo discutir o conceito e a aplicação do afroturismo, dissertando sobre seus propósitos, roteiros e público-alvo, bem como o seu potencial de mercado, projeções de crescimento, geração de empregos e impactos econômicos. Para tanto, busca-se expor os trabalhos de alguns dos principais afro-empreendedores do segmento nas capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Além da busca do entendimento acerca da atuação dessas empresas, desafios enfrentados, geração de demanda em prol da população negra e as comunidades impactadas, e também sobre o incentivo (ou a falta dele) aplicado pelo setor público e privado para a difusão da prática. Toma-se como estratégia metodológica a pesquisa de campo, em especial a abordagem das experiências de Bia Moremi, proprietária da Brafrika Agência de Viagens e as produções da Plataforma Guia Negro, representada por Guilherme Soares Dias, na frente de investigação do tema serão sobre as práticas que envolvem a atuação das agências que exercem o afroturismo, bem como esses profissionais dedicam-se na geração de mecanismos de formação de público e de divulgação das pautas adjacentes ao afroturismo. O arcabouço teórico está sustentado pelas estudiosas do tema, Natália Araújo de Oliveira e Denise dos Santos de Oliveira, bem como sobre as reflexões de pensadores renomados, tais como, Lélia Gonzalez e Dennis Oliveira que enfrentam as questões ligadas à decolonidade e ao racismo estrutural.