Este artigo pretendeu analisar e trazer elementos para a compreensão da representatividade feminina na cultura negra, a partir do trabalho desenvolvido por Raquel Trindade no Teatro Popular Solano Trindade. Para tanto, debruçou-se em compreender a intersecção entre os conceitos de cultura, gênero e relações raciais, além de analisar as formas de representatividade e resistências das mulheres negras na cultura. Como procedimentos metodológicos, foram realizados levantamento e revisão bibliográfica de estudos e reflexões sobre a mulher negra e cultura negra; e, com o auxílio dos recursos do Estudo de Caso e de formas de observação não participante, foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas com dois membros da família. Com os elementos levantados, foi possível entender os vínculos, a importância e o elo político-afetivo da matriarca da família com os componentes do grupo. Esse movimento possibilitou o desenvolvimento do trabalho permanente na valorização e na resistência da cultura negra.