A mobilidade urbana e a dimensão da inclusão perversa: um olhar etnográfico sobre o ramal Santa Cruz

O presente trabalho buscou analisar aspectos da mobilidade urbana do Rio de Janeiro a luz do conceito de “inclusão perversa” no ramal Santa Cruz, linha de transporte ferroviário da Zona Oeste da capital. Para isso, propõe uma análise histórica das políticas de planejamento urbano promovidas ao longo dos séculos XX e XXI, como os processos de desfavelização, que tinham como elemento central a valorização de determinados espaços. Como pesquisa de campo, o artigo apresenta um relato etnográfico de observação do cotidiano de uso e ocupação do visando evidenciar a estrutura perversa e desigual das políticas urbanas no Rio de Janeiro.