Ubuntu: uma filosofia de compreensão crítica e expoente ancestral para as futuras gerações
Autor: Flávio Henrique Rosa
Ano da Defesa
2024
Resumo
A problemática de uma filosofia advinda do continente africano tem elevado o debate conceitual e se tornado um dos maiores modos de expressão da África contemporânea. Tal perspectiva analítica incentiva trazer à luz da intelectualidade uma análise crítica versus a consciência hegemônica ocidental que foi impulsionada para além do objeto cultural tornando-se uma filosofia baseada em teologia dogmática, científica e político-social. Contudo, as epistemologias africanas, sua diversidade étnica, sua oralidade ancestral, seus modos de pensar o ser humano
foram desprezados, estigmatizadas e consideradas nos estudos realizados, como formas exóticas e inferiores. Por mais que as diferentes filosofias existentes sejam singulares e inclusive divergentes, esse artigo propõe analisar em específico a Filosofia Ubuntu, Ntu. Através de produções de explicações sistemáticas e respostas sobre esses problemas e fatos, em busca da crítica da razão epistêmica, tal filosofia se desponta como fonte primária para a Educação de Base e critica. Um expoente para a reestruturação intelectual do continente advindos da inspiração ancestral e modo exegético vividos por esses povos que marcaram a essência histórica da própria humanidade desde épocas remotas. Em detrimento do ideário de modernidade a África inaugura em sua cosmovisão ancestral o termo “Renascença Africana” no século XXI cujo fundamento transcendeu as fronteiras da academia, alterando a linha de pensamento e o caráter das pessoas de ascendência africana em relação a si próprias, sua história e seu futuro.Considerada a filosofia fundamental do povo Bantu, Ubuntu - Ntu ultrapassa a ideia de comunitarismo ou
coletivismo, imortaliza a compreensão do ser humano no sentido de alteridade que só desenvolve seu potencial por meio das relações com outras pessoas.
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