Cafuas, Guetos e Santuários – Atualização do Sagrado Num Artista Iconoclasta: Produção, Recepção e Repercussão da Obra de Tom Zé
Autor: José Valdimir Araújo Filho
Ano da Defesa
2009
Resumo
O presente artigo focaliza-se na figura solitária e peculiar de artistas que
destoam dos movimentos estéticos em bloco, dominantes ou vanguardistas, aqui
ilustrado pelo músico Tom Zé. O objetivo desse artigo é analisar o propósito de um
projeto artístico que inclui, na performance, o exagero da auto-referencialidade como
procedimento para intensificar o alcance do próprio discurso.
Os referenciais teóricos que norteiam a pesquisa são encontrados nos
apontamentos de Antonio Gramsci e Nestor Garcia Canclini, do primeiro na
sistematização da Filosofia da Práxis e do segundo nos estudos das Culturas Híbridas.
Os dois esclarecem o papel de um novo tipo de intelectual e artista imbricados nas
seguintes dimensões: a do intelectual orgânico em relação com o oprimido, quando
estabelece empatia a partir de uma autêntica sintonia, na qual o intelectual percebe no
outro a potência e, dessa forma, valorizando o saber popular que lhe confere identidade,
lutando pela socialização do conhecimento com vistas ao descortinamento de um novo
horizonte ético-político; por outro lado, a obra do artista moderno inclui a celebridade
individual, a conversão da história imediata do artista e a textualização da vida social,
como estratégias para ampliar o alcance do discurso, para essa breve pesquisa
interessam os aspectos político e pedagógico dessas estratégias.
O esforço desse artigo consiste em aproveitar os esclarecimentos dos teóricos
acima citados para ilustrar, com a obra e a trajetória de Tom Zé, uma espécie de artista
complexo que, ao perseguir o prevalecimento do seu ideal estético, incorporou as
adversidades dos que enfrentam e resistem aos apelos da massificação; dos que ousaram
entrar em confrontos com a indústria cultural e, não raro, com o cenário político e
social.
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