Esse trabalho tem como objetivo contribuir para a reflexão de um outro olhar em relação a mulher no Carnaval, desmistificar a mulher objeto explorada no imaginário do turista e evidenciar como ela pode ser compreendida através de manifestações de cultura e arte. Para tal abordagem, contrapondo-se a visão estereotipada e hegemônica da mulher durante o Carnaval, estudou-se o Bloco Afro Ilu Obá de Min, grupo de mulheres ritmistas que usam a arte e cultura negra para o empoderamento da mulher. Como base, foram estudados referenciais teóricos que exemplificam e discutem o papel da mulher no Carnaval brasileiro, a relação de valorização da cultura subalterna, a cultura afro-brasileira, música e fé candomblista, e movimentos de resistência negra e feminina, visando assim um novo contexto da mulher propagando a cultura através de sua identidade, oralidade e religiosidade.