LARGO DA BATATA: DA REVITALIZAÇÃO À REATIVAÇÃO DE UM ESPAÇO PÚBLICO
Autor: LUCAS GALATI BALIEIRO
Ano da Defesa
2015
Resumo
Este trabalho tem dois objetivos principais. Um deles é entender o processo de gentrificação e verticalização que vêm ocorrendo no bairro de Pinheiros, mais especificamente, no Largo da Batata. Para a análise, se fez necessário o estudo da fundação do bairro em 1560, já território de passagem de tropeiros e bandeirantes para o interior do país até o rápido e intenso desenvolvimento no começo do século XX, ainda impulsionado pela economia cafeeira. Somado a esse cenário, um aprofundamento na Operação Urbana Faria Lima e na Reconversão Urbana do Largo da Batata, ambas implementadas no início da década de 1990 com o intuito de revitalizar o espaço.
A Operação Urbana Faria Lima, instrumento patrocinado pelo poder público em associação às grandes construtoras que encontraram em Pinheiros a possibilidade de crescimento e formação de uma nova centralidade, foi a verdadeira responsável pela desertificação do Largo da Batata e a verticalização de uma região primordialmente residencial.
Com a retirada dos tapumes em 2013, os moradores do entorno, que tentaram desde o começo barrar a continuação das obras da Operação Urbana, se depararam com uma cena assustadora. O Largo tinha sido brutalmente modificado.
Revoltados, serão eles os responsáveis por implementar um novo projeto que define o segundo objetivo do presente trabalho.
Jovens e adultos passaram a se reunir e criar atividades no intuito de reativar o Largo da Batata. Com o tempo, coletivos foram formados e estabeleceram atuações em diversos nichos. O presente trabalho buscou identificar os integrantes, entender de que forma eles trabalham, quais são as pretensões de dois desses movimentos, o A Batata Precisa de Você e o BatataMemo.
O resultado da atividade desses coletivos foi a reconstrução de um espaço público democrático, voltado a experimentação, catalisador de práticas culturais, um lugar de mistura e de encontros.
De tal maneira, o título do trabalho “Largo da Batata: da revitalização à reativação de um espaço público” buscou abarcar todo esse cenário e salientar que a luta pelo direito à cidade é válida e necessária. O espaço é social na sua essência e, portanto, não pode ser entendido pela ótica da gentrificação, da desapropriação, da privatização.
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