REFLEXÃO SOBRE MÍDIAS RADICAIS NA ERA DIGITAL E A CONSTRUÇÃO RESISTÊNCIA DAS CLASSES SUBALTERNAS
Autor: THAIS PEREIRA DA SILVA
Ano da Defesa
2015
Resumo
O presente artigo tem como objetivo a reflexão sobre como as mídias radicais alternativas na era digital contribuem para a resistência das classes subalternas à hegemonia capitalista, criando canais (blogs e sites jornalísticos) com pautas contra-hegemônicas e desvendando a ideologia hegemônica. Os principais autores utilizados na pesquisa bibliográfica do artigo foram Antonio Gramsci, John D. H. Downing, Nestor García Canclini, Jesus Martin-Barbero e Milton Santos. Foi realizada entrevista com o idealizador da mídia radical alternativa, Periferia em Movimento, Thiago Martins. Acompanhou-se a oficina “Repórter da Quebrada”, organizada e ministrada pelos colaboradores fixos do Movimento em Periferia. As mídias radicais alternativas são a expressão da cultura popular de oposição, por isso suas pautas questionam quase sempre o poder constituído, neste caso, o poder das corporações mundiais e dos governos. Como o espaço da rede – virtual – é autônomo, as mídias radicais alternativas na era digital encontram algumas brechas para a resistência das classes subalternas, a partir organização dos indivíduos, desvendando a ideologia hegemônica – baseada na cultura do capital, do consumismo e do individualismo - e disseminando a ideologia contra-hegemônica, centralizada no homem, na comunidade. Porém, a resistência das classes subalternas é consolidada com a relação dialética entre a ocupação do espaço da rede e o espaço urbano.
Palavras-chave